O Estado do Paquistão baseia-se numa ideologia conhecida como "Teoria das Duas Nações". Esta teoria baseia-se principalmente no pressuposto de que existem diferenças culturais entre hindus e muçulmanos no subcontinente indiano e, simultaneamente, no pressuposto de que existe homogeneidade cultural entre os muçulmanos do sul da Ásia, apesar de os muçulmanos do subcontinente terem origens históricas e etnias diversas. A "teoria das duas nações" desempenhou um papel importante ao convencer os proprietários feudais e os empresários muçulmanos do Noroeste da Índia a apoiarem a criação do Paquistão através de vários compromissos. Esses compromissos estão reflectidos na "Constituição do Paquistão". Este estudo explica a história da "Teoria das Duas Nações" com a intenção clara de que a criação do Paquistão fosse pensada como uma fonte de paz e prosperidade sustentáveis para os povos de ambos os países. Existem centenas de relações entre estes dois países. Não se trata simplesmente de dois países vizinhos; as suas relações são mais do que dois vizinhos. Essas relações (podem ser complicadas, mas) não podem ser restringidas. Explicar esta realidade é o principal objetivo deste estudo.